Bahia (sic) repete placar e é eliminado na Sul-Americana.


O Bahia mais uma vez foi derrotado pelo limitado time do São Paulo (a 3ª vez no ano de 2012) e novamente não conseguiu sequer fazer um gol, mesmo precisando de no mínimo 2 na noite de ontem. É bem verdade que a missão era muito difícil, mas poderíamos dar um pouco mais de trabalho e emoção na partida.

O esquema com apenas um volante (na verdade 3, já que mais uma vez os dois laterais foram volantes improvisados) parece ter surpreendido o rival, que ficou acuado no campo de defesa enquanto o Bahia trocava passes, porém como sempre faltando o último passe, aquele que coloca na cara do gol, o time não conseguia definir as jogadas. Zé Roberto tentou de fora da área, Lulinha de dentro e Mancini de falta, mas ninguém conseguiu sequer assustar Rogério Ceni, que passou o jogo todo sem ter feito ao menos uma defesa considerada difícil.

Viramos o primeiro tempo com 0x0. Caio Júnior que no início da partida tinha prometido ir para o tudo ou nada na última etapa, caso terminasse empatado o primeiro tempo, voltou apenas com Vânder no lugar de Gabriel, que sentiu dores e pediu para sair. A não ser que alguém consiga abrir minha cabeça e colocar esta informação lá dentro, não tem como eu pensar que mudar Gabriel por Vânder seja partir para o TUDO OU NADA. Depois Ciro entrou no lugar de Júnior, e na minha modesta opinião, continuou tudo igual, e continuei sem ver o tudo ou nada.

O jogo seguia morno, com o São Paulo levando em banho-maria, pois continuava com a boa vantagem de 2 gols, até que sabe aquele último passe que tanto reclamo por aqui? Pois é, Zé Roberto conseguiu dar um desse, mas infelizmente foi para William José, que pegou na intermediária levou como quis e chutou de fora da área (exceto pela distância, muito parecido com o gol do Náutico-PE que sofremos no sábado) e abriu o placar. Zé Roberto tocou errado por displicência, pois haviam no mínimo 4 jogadores do Bahia por perto e apenas o atacante do São Paulo na jogada, mas deixaram ele roubar a bola e no meio de 5 jogadores levar para a esquerda e chutar, sem chances para Lomba.
Como sempre, depois de levar um gol, o time do Bahia perde o resto das forças que tinha, e se entregou na partida, e minutos depois deixou o São Paulo chegar ao segundo gol com Rodholfo depois de boa jogada pela esquerda. A partir daí, foi só administrar a partida e a vaga que foi praticamente definida aqui em Salvador.

As únicas coisas que posso tirar de positivo desta partida de ontem foram a marcação em cima de Lucas, que certamente é o jogador mais temido do São Paulo, e que foi muito bem marcado, principalmente por Titi. E o toque de bola do time do Bahia que melhorou bastante, mas isso tem fácil explicação. Quando o time joga com 2 meias e 2 volantes, tendo 2 outros volantes improvisados nas laterais, o time tem na saída de bola 4 volantes (os 2 de origem mais os 2 quebra-galhos nas alas), ou seja, para um passe sair errado é questão de tempo, e a saída é sempre com eles, pode pegar qualquer taipe dos jogos em que o time jogou assim (Hélder, Diones, Fabinho e Fahel), já ontem apesar das laterais estarem novamente com volantes improvisados, tivemos um meio de campo com Mancini, Zé Roberto e Gabriel, e a bola chegava fácil e rapidamente no pé de um desses três, o que melhora sensivelmente a qualidade do passe, apesar de termos tomado o primeiro gol exatamente em uma saída errada de Zé Roberto, que falhou sim, pois foi displicente, mas novamente foi um dos melhores em campo.


Lucas foi bem marcado, mas mesmo assim tricolor paulista leva melhor de novo sobre o Bahia (Foto: globoesporte.com)

Sobre Ciro e Vânder, pelo amor de Deus, alguém troque as chuteiras desses dois jogadores. Sempre que eles entram em campo, independentemente se de titulares ou no decorrer dos jogos, os dois só vivem caindo em campo, é um escorregão aqui, outra quedinha ali, um deslize acolá e por aí vai. Só pode ser culpa das chuteiras (essas porcarias coloridas que eles usam, se eu fosse técnico de futebol, jogador só usaria esse tipo de chuteira se estivesse jogando bem), pois não posso nem pensar na possibilidade de 2 jogadores profissionais não terem força ou equilíbrio suficiente para ficar em pé durante os jogos. É sempre assim, eles entram em campo e o festival de correria sem eficiência começa.

Agora é focar (como se tivéssemos outra possibilidade) no Brasileirão, e fugir da zona da degola que vem nos assombrando desde a primeira rodada. Ah, e que troquem as chuteiras do Bahia também, para quem sabe assim evitar uma queda...


Confira os melhores momentos da partida:


  
Créditos do vídeos: Fox Sports



Por Lucas França
Salvador

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