Um 1º semestre para ser esquecido pelo Bahia, mas Cristóvão parece que chegou pra mudar isso.

 
O Bahia começou 2013 com uma grande expectativa do torcedor, afinal de contas mantemos o treinador que deu uma guinada no time no 2º turno do Brasileirão do ano passado, fazendo o time ter a 5ª melhor campanha da parte final da competição e do time titular do ano passado perdemos “apenas” o Gabriel, mas contaríamos com o argentino Rosales, o ex-novo Pelé Freddy Adu e ainda novas promessas da base como Anderson Talisca.

Mas, na prática nada deu certo. O time não conseguiu uma simples classificação na 1ª fase da Copa do Nordeste, mesmo fazendo sete pontos nos três primeiros jogos e foi aí que a crise se iniciou. Os jogadores começaram a cobrar via imprensa sobre o 13º e os salários de dezembro, janeiro além da premiação pelo título do Campeonato Baiano do ano passado para os remanescentes e coincidência ou não, nos jogos de volta do grupo com os mesmos adversários o Bahia conseguiu apenas um ponto dos nove possíveis e ficou fora das quartas-de-final e 40 dias de férias forçadas. Jorginho foi mantido no cargo.

Veio o Campeonato Baiano e o Bahia continuava com um desempenho pífio e um time que parecia sem preparo físico e principalmente sem vontade, e foi assim que na reabertura da Fonte Nova, agora Arena, o Bahia tomou 5x1 do rival e Jorginho foi demitido. Muitos falam que além dos problemas financeiros, ainda houve uma rusga entre Jorginho e Souza e sua trupe que teria Lomba, Titi e Neto como principais participantes, coincidência ou não de novo, todos estes tiveram participações ridículas neste jogo, Neto então, foi a pior partida que vi um jogador fazer dentro da Fonte Nova. A Direção do Bahia cometeu mais um erro depois (pelo menos esse MGF admitiu) e trouxe Joel Santana de volta com sua prancheta e estratégias defensivas e o time continuou sofrível. Mas, como o regulamento permitia, o Bahia se classificou para as finais com oito pontos de vinte e quatro disputados, ou seja, uma campanha de 33% de aproveitamento (digna de rebaixamento).


Preocupado, presidente continua com erros, e a torcida quer seus direitos. (Foto. ibahia.com)

 
Vieram as semifinais do estadual e o Bahia venceu as duas partidas do Juazeiro, e se ainda não convencia, pelo menos mostrava um pouco mais de vontade. Joel Santana carismático e rei dos estaduais que é, acabou enganando a torcida, e até deixou muita gente crente de que iria conseguir conquistar o título, porém na 1ª partida da final outra goleada para o rival, desta vez um humilhante 7x3, que derrubou mais um técnico Tricolor e o Papai em menos de 30 dias de trabalho foi embora. Mas, desta vez Paulo Angioni foi embora junto. Um alento na Copa do Brasil talvez? Não. O time foi eliminado pelo “fortíssimo” Luverdense-MT ainda na 2ª fase em plena Fonte Nova. Fora da Copa do Nordeste, fora da Copa do Brasil e vice no estadual com vaga nas semifinais às duras penas, o que esperar do time no Brasileirão?

Anderson Barros é o novo Diretor de Futebol e Cristóvão Borges chegou para assumir o time e para a surpresa de todos, o Bahia em cinco jogos no Brasileirão fez oito pontos e terminou esta primeira parte antes da parada para a Copa das Confederações não só longe do Z-4, mas na parte de cima da tabela, na 8ª colocação. E mesmo com a derrota na estreia para o Criciúma-SC, depois venceu e jogando relativamente bem Internacional-RS fora de casa e Botafogo-RJ em casa (apesar deste jogo ter sido em Aracaju) e ainda empatou com Coritiba em casa jogando bem e perdendo uma grande chance no final e também com o Vasco-RJ fora, tendo sido prejudicado pela arbitragem. E essa foi a única parte do semestre que podemos salvar. Agora, depois da 3ª pré-temporada da equipe o torcedor sonha com dias melhores, principalmente administrativamente.

O que esperar do 2º semestre

Com mais um regulamento bizarro, a Sul-Americana deve dar uma vaga ao Bahia (até times que subiram da 2ª divisão ano passado podem ter vaga na competição “sic” internacional) e a nação espera que diferente do ano passado o time desta vez realmente dispute a competição internacional, pois em 2012 não passou de dois jogos na etapa nacional ainda. E que o Brasileiro seja muito mais tranquilo, não vou dizer que brigando por título ou vaga na Libertadores, mas pelo menos que não seja fugindo do rebaixamento durante toda a competição, como foram os dois anos anteriores. Mas, tudo isso dentro de campo.

Pois, fora de campo o Bahia pode se dar muito bem, e isso depende da justiça. No próximo dia 09/07 poderá ser decretada uma nova intervenção no clube e uma pessoa designada pela justiça baiana se for o caso será o responsável por reformular o estatuto, convocar novas eleições presidenciais e abrir a caixa preta tricolor divulgando, por exemplo, o número de sócios adimplentes que o clube tem hoje e ninguém sabe oficialmente.

    

Por Lucas França
Salvador

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