Jorginho chegou no Bahia com discurso de futebol ofensivo.


O Bahia este ano já está em seu 4º técnico, isso sem contar com Eduardo Barroca que já assumiu o time como interino nas transições de um comandante para o outro. O Tricolor começou o ano com Joel Santana, tido como retranqueiro, que não faz seus times jogar bonito, mas o papai Joel sempre consegue os resultados.

Mas, em fevereiro ele foi para o Flamengo-RJ e Falcão chegou para botar o time para jogar ofensivamente, e no início deu certo, já que o time passou a ser o melhor ataque do Brasil em determinado momento, como boas atuações e goleadas convincentes. Porém, o Rei de Roma não conseguiu demonstrar o mesmo desempenho no Brasileirão, e foi demitido depois da goleada de 4x0 sofrida do Fluminense-RJ.

Caio Júnior chegou com muita conversa e até largou bem com um triunfo em cima do Palmeiras-SP fora de casa, mas o time continuou sem vencer em Pituaço e assim que terminou o 1º turno com um empate em casa contra o Atlético-GO, alegou problemas particulares e saiu do clube.


 
Jorginho começou bem no Tricolor e mostrou um futuro promissor para a torcida. (Foto: ibahia.com)

 
Agora que está na área é Jorginho. O discurso é muito bom e me agrada, de que gosta de futebol ofensivo, que tem que fazer gols, ficar com a bola no pé e etc e tal. Na prática, até agora também. Foram 2 jogos e 2 triunfos (um deles em Pituaço, coisa rara neste Brasileirão) até agora, e 2 triunfos convincentes contra times de expressão e que tem jogadores perigosíssimos (Neymar e Lucas) que podem decidir em jogadas individuais e foram bem marcados, mostrando que apesar do discurso ofensivo, ele sabe resguardar a defesa também.

A primeira impressão que tive de Jorginho foi muito positiva, e não estou falando de dentro das quatro linhas não, estou falando de atitude, pois o momento que ele chegou foi na véspera da partida contra o Santos-SP, fora de casa, com o time na zona de rebaixamento, vindo de um empate em casa contra o ex-lanterna e notícias de crise interna no elenco. Isso sem contar que o adversário vinha em uma crescente de 3 triunfos consecutivos (desde a volta de Rafael, Ganso e Neymar da Seleção Olímpica) e jogava em casa. Ou seja, tudo conspirava contra, mas Jorginho botou a cara para bater e foi para a beira do campo, comandar o time, e não assistir de alguma cabine ou camarote, e assumir o time no dia seguinte.

Depois desta boa impressão no quesito atitude, veio a boa impressão no quesito técnico, pois o time do primeiro tempo contra o Santos-SP, certamente foi montado por Eduardo Barroca, mas a volta para o segundo tempo, a postura do time mudou, com os mesmos jogadores em campo, conseguimos uma virada inconteste em cima do Santos-SP na Vila Belmiro, e em sequência o bom triunfo em cima do São Paulo (adversário que já tínhamos enfrentado 3 vezes este ano e perdemos todas, sem ter ao menos sequer marcado um gol).

Agora é dar continuidade e tempo ao novo treinador que com mais tempo, vai ter maior conhecimento do elenco, do que ele tem a disposição, com quem pode contar mais vezes e etc. Esperamos por aqui o Jorginho que surgiu bem no Palmeiras-SP e liderou o Brasileirão (até a diretoria alviverde contratar Muricy que entregou o título de bandeja ao Flamengo-RJ), ou então do Jorginho que foi campeão da Série B ano passado na Lusa, ou melhor na Barcelusa.



Por Lucas França
Salvador

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