Espanha renova título da Eurocopa com show na final.


A Eurocopa começou e terminou sem muitas novidades, já que as zebras não andaram passeando pelos campos poloneses e ucranianos. No grupo da morte, dentre as seleções principais quem ficou de fora foi a Holanda, que nem de longe jogou o futebol praticado na Copa de 2010, quando foi vice-campeã. Muita irregularidade, dificuldade na criação de jogadas e teve na lateral esquerda o seu maior ponto fraco, com o jovem Willems, que fez sua estreia na seleção em plena Eurocopa.

A Itália também foi uma seleção que mostrou que pode chegar longe na Copa das Confederações e na Copa do Mundo. Jogando aquele jogo defensivo, com muitos volantes e atacando no momento certo, conseguiu eliminar uma das favoritas, a Alemanha, que apostou na baixa média de idade, principalmente na defesa, o que custou caro no fim das contas.

Portugal teve um inspirado CR7, mas a Espanha mostrou que o grupo supera a individualidade, e que uma andorinha só, não faz verão. Mesmo com um domínio durante todo o jogo, precisou dos pênaltis para eliminar os lusos na semifinal. O English Team mais uma vez foi um fiasco, e só passou da 1ª fase por causa de um gol não marcado da Suécia, mas sucumbiu no mata-mata logo em seguida, mais uma vez nos pênaltis.

A França, apresentou um futebol também irregular, e ao cruzar o caminho dos espanhóis, nada conseguiu fazer, foi presa fácil e acabou perdendo por 2x0, sendo dominado por completo na partida.

Na final, a Espanha que vinha sendo criticada por jogar um futebol chato, de ficar só tocando a bola de um lado para o outro e cozinhando demais as partidas, vencendo seus jogos por 1x0, empatando em 0x0 com Portugal e garantindo a vaga na finalíssima apenas nos penais, aplicou uma senhora goleada para cima da Itália e o título além de merecido foi muito bonito de se ver. A Itália não conseguiu repetir as boas atuações anteriores, e se preocupou muito em marcar, e no segundo tempo quando resolveu partir pra cima pra tentar pelo menos empatar o jogo, quando perdia por 2x0, perdeu por contusão o ítalo-brasileiro Thiago Motta, que havia acabado de entrar, e como já havia realizado as três alterações, o treinador Prandelli viu o título ir embora.


Casillas ergue a 3ª taça seguida como capitão da Fúria. (Foto: marca.com)

 
Acredito que todas as dificuldades que a Fúria passou na Euro, foi por conta da falta de um atacante de origem, matador como David Villa, que está lesionado e não se recuperou a tempo de jogar. Por conta disso, os espanhóis ficavam com a bola sem conseguir dar o último passe, sem definir a jogada e finalizando menos do que de costume. Fernando Torrer, Negredo e Lorrente não conseguem ter um bom rendimento na seleção, e a seleção fica dependente da volta do atacante do Barcelona, para mostrar um poder de finalização maior.

Mas, ao final venceu o melhor. E, além de ter sido o melhor, é também ofensivo. Contrariando o futebol que levou o Chelsea ao título da Liga dos Campeões, onde praticamente só jogava com um atleta na frente durante todo o jogo, o que é bom para o futuro do futebol. Como diz um tio meu, a pior coisa que aconteceu ao Brasil foi ter perdido 82 que o time dava show em campo, e ter ganhado em 94 com um time limitadíssimo, mas que dava resultado.

Agora é esperarmos por Espanha e Itália (que herdou a vaga da Euro, já que a Espanha já tinha vaga como campeã da última Copa) aqui no Brasil, quiçá em Salvador para a disputa da Copa das Confederações em junho de 2013.



Por Juba Leiro e Lucas França
Salvador

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