Duelo de tricolores marca retorno do Bahia em competições internacionais.


O Bahia recebe nesta quarta-feira o São Paulo pelo jogo de ida da 2ª fase da Copa Sul-Americana. Não pessoal, não passamos pela 1ª fase, é que os 8 times brasileiros já entram na 2ª fase jogando entre si, definindo quais são os 4 que vão para as oitavas de final, e aí sim começam a enfrentar os times internacionais.

Ainda sem muitos jogadores que estão no DM, o Tricolor pelo menos terá Souza em campo, já que a suspensão do Caveirão é válida apenas para o Brasileirão. Caio Júnior deve mandar a campo a seguinte formação: Lomba; Gil Bahia, Danny Morais, Titi e Ávine (Hélder); Fahel, Diones, Zé Roberto e Lulinha(Ciro); Júnior e Souza.


Caio Júnior sabe que passar pelo São Paulo elevará a moral do grupo. (Foto: globoesporte.com)


O treinador irá poupar o volante Fabinho, que desde a primeira rodada vem jogando todos os jogos, e está esgotado. E, além de estar jogando todos os jogos, ele está jogou improvisado na lateral, o que o fez se desgastar mais ainda, já que é uma função que exige mais fisicamente do atleta, exceto pelos 2 últimos jogos, já com o comando de Caio Júnior. Mancini já está recuperado da sua lesão, mas Caio preferiu resguardar e só usá-lo no domingo, pois o jogador iria ficar praticamente 4 dias sem treinar, o que poderia atrapalhar o seu retorno. Eu concordo com este “revezamento”, pois é melhor perder o jogador por uma ou duas rodadas por opção, do que perder por 5 ou 10 por obrigação.

O adversário virá sem sua principal estrela, já que Lucas está com a Seleção nas Olimpíadas (e talvez nem volte, já que o Manchester United tenta sua contratação) e sem o volante Denílson, lesionado. Porém, as outras duas lideranças da equipe estarão em campo. Luís Fabiano (autor do gol na derrota por 1x0 na 2ª rodada) e Rogério Ceni (que voltou há 1 jogo, depois de 6 meses fora).

Temos que tomar cuidado com o centro avante que para mim nunca foi e nunca será nenhum craque, mas é fazedor de gols, e jogadores como ele tem que sempre ter marcação em cima (não a toa, é o artilheiro do Brasileirão até o momento). Quanto às bolas paradas de Rogério é dispensável qualquer recomendação, afinal de contas ele cobra faltas melhor do que agarra, e acho que isso diz tudo. Mas, o mesmo ídolo são-paulino tem seus defeitos, e podemos e devemos abusar da bola aérea, pois ele sai mal do gol e está quase sempre mal posicionado, além dos chutes de fora, que sempre lhe custaram críticas por gols tomados considerados defensáveis.

Outro ponto forte do time é o lateral esquerdo Cortez, que tem muita velocidade e fará com que Gil Bahia tenha uma prova de fogo. Mas, já que ataca bastante, consequentemente deixa espaços, e o garoto do Bahia, titular há 2 jogos apenas pode se aproveitar disso, e certamente este duelo pode definir o jogo.

O comandante do Esquadrão optou por Júnior para formar dupla com Souza, apesar de Júnior estar mal, eu queria ter visto essa dupla juntos no ano passado, quando ambos estavam marcando gols. Pois, não considero Souza um centro avante que fica paradão dentro da área, Júnior sim faz essa função, e Souza pode vir buscar o jogo, pois sabe proteger e dar o último passe, item no qual o Bahia vem pecando ultimamente.

Lembrando que na Copa Sul-Americana, segue o mesmo critério da Copa do Brasil, ou seja, no resultado somado dos dois jogos, em caso de empates de gols, passa aquela equipe que tiver feito mais gols fora de casa (exceto na final, regra esta que na Copa do Brasil não tem). E, se enganam aqueles que dizem que a Copa do Brasil é o caminho mais curto para a Libertadores, pois esta alcunha cabe à Sul-Americana, já que na competição nacional são 6 fases (12 jogos, podendo diminuir para 11 ou  10 se eliminar 1 ou os dois jogos de volta das 2 primeiras fases) e na Sul Americana para o Bahia são apenas 5 fases e 10 jogos.

Agora é torcer para que depois de 23 anos fora de competições internacionais, o Esquadrão volte com grande estilo, e que jogue como time grande que sempre foi.


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O jogador Diego Varejão não faz mais parte do elenco do Bahia. O atacante rescindiu amigavelmente com o clube, e agora está livre para procurar outro clube. 


 
Diego Varejão e sua cabeleira não vestirão mais a camisa Tricolor. (Foto: ecbahia.com)


Diego fez apenas 2 partidas pelo Esquadrão, e não deixará saudades (na verdade não teve muito tempo para mostrar serviço), pois atuou na derrota em casa para o Vasco e no empate fora com o Atlético-MG. O atacante veio do Noroeste-SP, que disputou a Série A2 do paulista, correspondente à 2ª divisão daquele estado.



Por Lucas França
Salvador

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