Bahia volta com empate do Rio, mas poderia ter sido melhor.


O Tricolor enfrentou o Flamengo-RJ na noite desta quinta em um Engenhão lotado válido pela 28ª rodada do Brasileirão. Ambos os times estavam iguais na tabela em pontos, e vão permanecer assim, pelo menos até a próxima rodada, já que ficaram no 0x0. Apesar do jogo sem gols, tivemos na verdade uma grande partida, aberta dos dois lados, com poucas faltas e muito tempo de bola rolando.

O Esquadrão de Aço começou com tudo e logo aos 3 minutos Diones deu um chute forte e rasteiro que passou muito perto do gol de Fleipe, mostrando aos donos da casa que o jogo não seria fácil como eles pensaram. Falo isso pelo fato de Dorival Júnior, técnico rival ter entrado em campo com um meio de campo sem volantes de ofício, já que Íbson, Renato Abreu, Cléber Santana e Léo Moura não têm características apenas de marcadores, e deixaram o meio de campo aberto. Bom para o Bahia, que dominou todo o primeiro tempo e teve diversas chances de fazer o gol, não só nas finalizações (7 contra 2), mas principalmente nas escapadas de Jussandro pela esquerda, que chegava ao fundo, mas na hora do último passe pecava.

Jussandro caiu o tempo todo nas costas do bom lateral Wellington Silva, e com a marcação frouxa no meio de campo, Hélder apoiou bastante e fez diversas tabelas com o jovem lateral Tricolor. Zé Roberto foi outro que aproveitou bastante o espaço aberto e fez um belo primeiro tempo. Porém, meu medo se confirmou com o fim do 1º tempo em branco. Dorival acertou a marcação do time dele, e voltou com um Flamengo-RJ muito mais perigoso. Ele tirou Hernane e colocou o jovem Adryan, com isso Léo Moura voltou a cair pelo lado direito, o que fez com que  Hélder e Juassandro não pudessem repetir as investidas do 1º tempo,e o Bahia ficou preso e limitado às jogadas do meio de campo, já que Adryan na esquerda acabou prendendo Neto também do outro lado.

Os 15 primeiros minutos do 2º tempo foram terríveis para o Esquadrão que tomou uma grande pressão, inclusive com bola na trave de Cléber Santana. Zé Roberto cansou e deu lugar a Kleberson (frustrou um pouco minhas expectativas, pois queria ver o penta no lugar de Diones ou então Lulinha na vaga de Zé), o camisa 15 em um de seus primeiros lances contra seu ex-clube, deixou Gabriel na cara de Felipe, apenas para tirar do goleiro e comemorar, mas o camisa 8 chutou em cima do arqueiro que fez a defesa mandando para o escanteio. Tudo bem que perdemos o gol, mas este lance foi fundamental para reagirmos na partida, pois depois disso o Flamengo-RJ viu que não poderia correr tantos riscos atrás e abaixou o ânimo da torcida.

Dorival depois tentou colocar o time mais para frente, assumindo os riscos, pois tirou Cléber Santana, jogador mais lúcido do time e colocou o estreante Wellington Bruno, que diga-se de passagem deu trabalho. Acho que nesse momento Jorginho poderia de imediato ter sacado Diones ou Hélder e ter colocado Lulinha no jogo, pois iria abrir mais ainda a partida, o que nos beneficiaria, com um time mais rápido na frente, continuando com fogo na partida, mas ele preferiu esperar, e acabou que o jogo ficou morno, com os times diminuindo o ímpeto e arriscando chutes de longe. Aos 38, Lulinha entrou mas na vaga de Gabriel que se mostrava exausto, e o jogo foi esfriando apenas com bolas alçadas nas duas áreas e ficou mesmo no 0x0.

 
Hélder aproveitou os espaços do lateral flamenguista no primeiro tempo e fez outra boa partida. (Foto: globoesporte.com)


Destaco como positivo mais uma vez a forma do time de jogar, para frente, marcando em cima no campo do adversário, precisamos apenas  definir melhor as oportunidades criadas, quando conseguirmos fazer isso, aumentaremos e muito nosso aproveitamento. Hélder (mais uma vez) e Jusandro fizeram um 1º tempo excepcional, quando sem espaço na 2ª etapa, Neto passou a apoiar mais pela direita, mostrando a versatilidade do time.

Outro ponto positivo que é preciso ser falado foi o árbitro. Quando erra a gente baixa o cacete, mas quando acerta, temos que elogiar também. E o juiz de ontem fez uma excelente partida, marcando em cima, deixando o jogo correr, não caindo no conto das faltinhas cavadas de ambos os lados e sem sentir a pressão da torcida da casa. Posso até me enganar, mas aposto que podem anotar o nome desse juiz como um dos futuros melhores árbitro do país, Wagner Reway (MT).

Agora é aguardar o desfecho da rodada que será completada no sábado, e esperar o líder Fluminense-RJ na próxima quarta-feira em um PituAço lotado.


Confira os melhoresmomentos do jogo:


Créditos do vídeos: globoesporte.com/ba (Rede Bahia/SporTv)



Por Lucas França
Salvador

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