Chegou ao fim a segunda passagem de Toninho Cerezo pelo Vitória. Diferente da primeira em 1999, o treinador não conseguiu sucesso este ano. Ele deixa o clube juntamente com o assistente técnico Ricardo Antônio e o preparador físico Mário Augusto.

Decepção é a palavra que ilustra o pensamento da torcida do Vitória com Cerezo neste momento. Todos esperavam aquele Cerezo de 1999, colocando o time pra frente, que priorizava a posse de bola, que fazia mais gols do que sofria e que não tinha medo de ninguem, nem mesmo fora de casa. O que se viu esse ano foi o oposto de tudo. Invenções no posicionamento de jogadores, equipe excessivamente defensiva, sem padrão de jogo, sem esquema tático definido, onde tudo indica que ele ficou parado no tempo, ou que aquela equipe de 99 contou com a sorte pra chegar onde chegou.

O triste é que Cerezo é uma pessoa que se identifica com o clube, que gosta daqui, tem carinho pelos funcionários, pela cidade, mas infelizmente isso não ganha jogo. Cerezo comandou o Leão por 20 jogos, 10 triunfos, 7 empates e 3 derrotas (aproveitamento de 61.7%), percentual bom, mas se tratando somente de campeonato Baiano e fases inicias da Copa do Brasil, muito pouco pra grandeza do clube. A falta de produtividade do time foi o real motivo e não a matemática.


Cerezo chegando pra se despedir no Barradão. (Foto: ibahia.com)

O ex-treinador ainda falou em coletiva sobre sua saída:

- Agora era o momento bom, das finais do Baiano e da Copa do Brasil com adversários melhores, tentei implantar um trabalho aqui, mas pela visto não foi bem executado. Minha carreira começou praticamente aqui, sou Vitória e sempre vou querer ver esse time crescendo.

Já era de se esperar essa demissão. A pergunta é, a diretoria errou ao trazer Cerezo ou demorou para demiti-lo? O time continua a fazer péssimas apresentações, desde o inicio da temporada foi assim e nada foi feito, se esperou até a fase final do campeonato pra se fazer isso, ou seja, se o treinador que chegar não conseguir o título, já pode ter problemas também. Porém, todo torcedor do Vitória queria ver mais uma vez por aqui, aquele time de 99 que Cerezo montou, mas parece que aquela squadra ficou no passado. Ciao Cerezo, quando voltar, traga aquele espirito corajoso de 99 e não o cauteloso que vimos esse ano.

Agora volta ao comando da equipe o eterno interino Ricardo Silva e Flávio Tanajura, conhecidos como paneleiros no Barradão, enquanto não se anuncia o novo treinador (já foram especulados nomes como Carpegiani, que não deve vir pra treinar na segunda divisão, P.C. Gusmão, que não deve deixar o Ceará e Jorginho, que está prestes a cair na Portuguesa). Tomara que se feche logo esse novo nome, pra que Ricardo Silva não ganhe força pra ser mantido no cargo, já que não o vejo como um nome que possa alcançar os objetivos do clube esse ano.


Por Juba Leiro
Salvador

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