E (re)começa a temporada para o Bahia...

A temporada 2013 já começou oficialmente para o Bahia em janeiro, mas só durou seis jogos. Não vou entrar no mérito se foi incompetência de Jorginho e comissão técnica com as escalações e rodízios e/ou preparação na curtíssima pré-temporada de 13 dias ou se foi culpa dos jogadores, pois o elenco é a base de dois anos fugindo do rebaixamento ou, ou, ou... Em minha opinião, as entrevistas de Titi e Souza declarando que os salários de dezembro e janeiro estavam atrasados além do 13º e pasmem a premiação do Baianão 2012, disseram tudo.

Bom, o que importa é que agora pré-temporada curta, falta de tempo para o time entrar em forma e se conhecer nos treinos não poderão ser usados como desculpa. Verdade que o time mudou algumas peças, mas se Jorginho fez isso, é que julga ser o melhor Bahia que tem em mãos no momento. São quatro mudanças efetivas, principalmente no setor ofensivo que mudou completamente com as novas contratações, com isso Souza e Zé Roberto terão que suar muito para reconquistar os torcedores e suas vagas de volta no time do treinador, que pelos treinamentos vem mesmo gostando da dupla Adriano M.J. e Obina.

Durante praticamente todo este tempo de inatividade de competições, outro que perdeu espaço (e foi até bom para baixar um pouco a bola) foi Anderson Talisca, já que junto com Ítalo Melo ficaram fazendo trabalhos específicos de ganho de massa muscular, deixando o argentino Rosales com a camisa 10, fechando o trio ofensivo. A única alteração sem ser no setor de ataque foi a entrada de Brinner na zaga, que ganhou a vaga de Danny Morais. O restante do time é o mesmo que o torcedor está cansado de saber, e o Bahia deve fazer sua reestreia na temporada para defender o título baiano com: Lomba; Neto, Brinner, Titi e Jussandro; Fahel, Diones, Hélder e Rosales; Adriano e Obina. 


 A torcida espera que Rosales mostre qualidade e se torne ídolo do Esquadrão. (Foto: ibahia.com)


Continuo com a mesma opinião sobre os três volantes. Não gosto, pois a responsabilidade da criação de jogadas recai totalmente sobre o camisa 10, e se este não tiver ajuda dos laterais apoiando com qualidade e os atacantes com uma boa movimentação, são poucos os nomes no mundo que podem segurar esta barra sozinhos. Porém, o Bahia tem uma peculiaridade que se chama Hélder. Desde que Jorginho assumiu o time, ele é uma espécie de falso volante, dividindo as ações ofensivas com o camisa 10, e acaba sendo o termômetro do time, quando vai bem o time joga bem e quando vai mal o time não corresponde em campo, exceto por jogadas individuais ou bolas paradas.

Hélder tem um bom passe e visão de jogo, mas infelizmente ele exagera de vez em quando nas firulas (acho que é o jogador do Bahia que mais vezes vi dando ou pelo menos tentando banho de cuia) e isso acaba prejudicando-o, principalmente dentro de casa quando erra esse tipo de jogada, deixando a torcida contra ele. Acho que até por conta da escalação dele, que Jorginho utiliza o Klebérson poucas vezes, pois com os dois em campo ao mesmo tempo o time ficaria muito vulnerável, e com isso Diones fica com a outra vaga do meio de campo, fazendo uma função tática que agrada muito aos técnicos.

Agora é torcer para que a temporada 2013 comece de verdade para o Bahia, que os estreantes mostrem o porque foram contratados e ganharam as vagas de titulares e que o nosso termômetro faça uma boa temporada junto com todo o time do Esquadrão.



Por Lucas França
Salvador

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