Depois de decpções no primeiro semestre, aos trancos e barrancos Vitória consegue o objetivo maior do ano: a Série A.


Após um primeiro semestre onde diretoria e torcedores gostariam de esquecer, eliminação com uma péssima campanha na Copa do Brasil sendo goleado fora de casa pelo Coritiba depois de abrir o marcador e o vice campeonato Baiano em um jogo de muitos gols e três falhas de Douglas, toda a expectativa ficou para a Série B e o tão sonhado retorno para a elite do futebol brasileiro.

Com a chegada de Carpegiani, o primeiro turno da equipe na Série B fez a torcida esquecer rapidamente os tropeços do início do ano e começou o pensamento inclusive em título. Com uma maneira de jogar pra frente, demonstrando capacidade de se impo rdiante de qualquer adversário, o Vitória começou a chamar atenção pela campanha, foram onze jogos de invencibilidade, até o momento que começou-se a falar de dinheiro, premiação e estrela no peito, ou seja, o foco na competição que nem chegara à sua metade sumiu. Os problemas começaram a refletir na equipe dentro de campo, e a gordura acumulada na liderança do sertame acabou, o time passou a correr o risco de não conseguir o acesso e aquela velha história da briga de Carpegiani com Uelliton voltou à tona, e mais uma vez sobrou para o técnico, que saiu falando demais e juntamente como presidente Alexi Portela trocaram farpas e acusações. E adivinhem quem assumiu o comando do time, o velho Ricardo Silva, foi mais do mesmo, a equipe não mudou sua forma de jogar, os jogadores eram taxados de mercenários e a grande campanha já foi sendo esquecida, até que PC gusmão chegou com ares de psicólogo motivador e conseguiu a classificação, suada e com o mesmo número de pontos que o quinto colocado, o São Caetano, que perdeu a posição no critério de desempate, já que o Vitória tinha um triunfo a mais.


Diretoria do Leão contratou muitos jogadores, trocou demais de treinadores e quase põe em risco o retorno para a Série A. (Foto: ibahia.com)


Passada a classificação que era o objetivo do Vitória na competição, o gostinho da torcida de comemorar o possível título da Série B deixou um clima estranho no Barradão na última partida, mas depois que o juiz decretou o fim do jogo a euforia tomou conta da cidade. A única lição que ficou é que muita coisa precisa ser mudada para o Vitória crescer como clube.


Mesmo com campanha irregular na Série B, o Leão conseguiu o tão sonhado retorno para a elite do futebol brasileiro. (Foto: ibahia.com)


Analisando o segundo turno da Série B podemos ver claramente o que vem acontecendo no clube há anos. A falta de comando é visível, alguns jogadores fazendo o que querem e derrubando treinadores sim, conselho sempre se metendo em assuntos que devem envolver somente o departamento de futebol profissional, enfim coisas que quando se somam desencadeiam em problemas sérios. Pelo menos um problema antes mesmo da Série B aparententemente ou temporarialmente já foi resolvido, que foi a saída de Ricardo Silva, não analisando ou pensando que ele é um desagregador ou coisa do tipo, mas se analisarmos alguns jogadores que viam nele uma pessoa que caso o treinador não agradasse essa panelinha, Ricardo seria uma sombra onde ficaria fácil ser acolhido depois. Espero que essa atitude seja permanente, até porque o elenco será todo reformulado e a saída de jogadores que inchavam o grupo e não acrescentavam em nada, como Xuxa, William Gerlem, Marcos Aurélio, Róbston, dentre outros, mostram que o critério de contratação deve ser outro, e ter um departamento de futebol em todas as áreas cada vez mais profissional é extremamente improtante para o clube.

Não podemos deixar de mencionar o brilhante trabalho da base do Leão. A conquista do primeiro título da Copa do Brasil sub-20 engrandeceu mais ainda o Vitória e cativou a torcida tão carente de títulos nacionais. O trabalho que Carlos Amadeu faz é de impressionar, consegue dar uma dinâmica de jogo para o time de fazer inveja ao profissional, e quando o futebol profissional perceber que a base e o time de cima tem que jogar da mesma maneira, para ajudar no entrosamento dos atletas, e principalmente unificar a maneira de jogar, o Vitória pode colher bons frutos disso e ter novamente no time principal jogadores revelados na Toca, o que engrandece mais ainda o clube.

Time sub-20 do Leão se consagrou sendo campeão da Copa do Brasil da categoria. (Foto:ibahia.com)

 
Em 2013 o Vitória terá grandes competições sobretudo no primeiro semestre, um valor para investimente que gira em torno de 60 milhões, pouco em relação a vários clubes do país, mas terá a chance de formar um elenco de qualidade, vamos esperar que isso aconteça e cobrar. Em 2013 e 2014, onde os olhos do mundo estarão voltados para o Brasil é extremamente importante que o Vitória faça boas campanhas, o que poderia atrair mais investimentos, patrocínios, e visibilidade. Como temos nosso estádio, temos que pensar em modernizá-lo, melhorar a maneira como o torcedor é acomodado, o acesso ao Barradão, transformmá-lo numa arena, para ter mais uma receita, e pra quem tem estádio não é interessante de maneira alguma jogar na Arena Fonte Nova, a não ser claro que o valor recebido por parte do consoórcio ultrapasse o que se ganha no Barradão.


Portanto amigos torcedores, a meta foi cumprida, o acesso garantido, mas o caminha ainda é longa, muita coisa tem que ser mudada e devemos cobrar da diretoria isso, o direito de voto também será importante nesse processo de crescimento do clube, uma melhoria no programa de sócios-torcedores, enfim, temos as ferramentas nas mãos, nos resta torcer e apoiar para que 2013 seja o começo de uma nova era do Leão. 



Por Juba Leiro
Salvador

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